Por Ayman al-Warfalli e Ulf Laessing
BENGHAZI, Líbia/TRÍPOLI (Reuters) - Forças do leste da Líbia disseram nesta segunda-feira que intensificarão um ataque contra Trípoli, a capital localizada no oeste do país que é comandada por um governo reconhecido internacionalmente, e o saldo de mortos em três semanas de embate chegou a 254.
As forças do Exército Nacional Líbio (LNA) leais ao comandante Khalifa Haftar, aliado de um governo paralelo no leste, lançaram uma ofensiva, mas não conseguiram romper as defesas do sul da cidade.
Nos últimos dias, forças leais a Trípoli repeliram o LNA de Ain Zara, subúrbio do sul que é o palco principal dos combates, disseram repórteres da Reuters que visitavam a área, mas o LNA disse que realizou ataques aéreos contra alvos militares na capital.
O porta-voz do LNA, Ahmed Mismari, negou que tenha havido uma retirada, mas disse que um avanço de suas forças desacelerou por causa da população densa nas áreas onde os embates acontecem.
Ele disse aos repórteres que o LNA está convocando reservistas para abrir novas frentes em Trípoli e que seu Exército usará artilharia e infantaria nos próximos dias, sem dar detalhes.
A segunda-feira foi mais calma na principal linha de frente, situada no sul da capital, já que testemunhou um bombardeio menor do que nos dias anteriores, disseram moradores. O tempo ruim impediu ataques aéreos, segundo Mismari.
Mas o bombardeio ainda era ouvido no centro de Trípoli, a 11 quilômetros da linha de frente da batalha, e fumaça emanava de um local do sul da capital, relatou um repórter da Reuters.
O saldo de mortos desde o início dos embates chegou a 254, e 1.228 pessoas já ficaram feridas, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).