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Por Nidal al-Mughrabi e Alexander Cornwell
CAIRO/JERUSALÉM (Reuters) - Os tanques israelenses se aproximaram do coração da Cidade de Gaza nesta segunda-feira, intensificando uma ofensiva terrestre horas antes das conversas entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu um avanço diplomático em uma tentativa de acabar com a guerra.
Após quase dois anos de esforços diplomáticos fracassados, Washington apresentou um plano de 21 pontos aos países árabes e muçulmanos na semana passada, que exige um cessar-fogo permanente e a libertação dos reféns restantes.
Trump, que disse na semana passada que acreditava que um acordo para acabar com os combates estava próximo, prometeu "ALGO ESPECIAL" na véspera de sua reunião com Netanyahu.
"Temos uma chance real de GRANDEZA NO ORIENTE MÉDIO", escreveu ele nas mídias sociais. "TODOS ESTÃO A BORDO PARA ALGO ESPECIAL, PELA PRIMEIRA VEZ. VAMOS FAZER ISSO!!!"
Ainda assim, há sinais de ceticismo por parte de Israel.
Uma fonte familiarizada com as discussões disse que as autoridades israelenses levantaram preocupações com os colegas norte-americanos sobre a proposta, inclusive sobre o envolvimento proposto das forças de segurança palestinas em Gaza após a guerra, a falta de clareza sobre se os oficiais do Hamas seriam expulsos do enclave e sobre quem teria a responsabilidade geral pela segurança de Gaza.
Enquanto isso, não houve trégua no terreno, onde Israel lançou uma de suas maiores ofensivas da guerra neste mês, um ataque total à Cidade de Gaza, onde Netanyahu diz que pretende eliminar o Hamas em seus últimos redutos.
Huda, uma mulher palestina que está abrigada em Deir Al Balah, ao sul da Cidade de Gaza, com seus dois filhos, disse à Reuters que temia que o mais recente plano de paz de Trump fosse "outra decepção".
"Trump já fez promessas no passado que acabaram se tornando ficção", disse ela por telefone.
Abu Abdallah, abrigado com quase duas dúzias de membros da família em tendas ao longo da costa da Cidade de Gaza, disse que a família estava esperando até depois da reunião da Casa Branca para decidir se fugiria para o sul.
"Ou é a paz ou a Cidade de Gaza será destruída, assim como Rafah foi", disse ele, referindo-se a uma cidade do sul que Israel arrasou completamente no início da guerra.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi, no Cairo, e Alex Cornwell, em Jerusalém)