Por Ali Sawafta
JENIN, Cisjordânia (Reuters) - Forças israelenses mataram quatro palestinos, entre eles pelo menos dois militantes, na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira, disseram autoridades médicas, à medida que prossegue uma onda de violência que já dura meses.
As Forças Armadas israelenses disseram que seus soldados realizaram uma operação na cidade de Jenin, que tem sido o epicentro de muitos dos confrontos recentes, procurando prender dois palestinos suspeitos de envolvimento em "atividades terroristas".
Durante a operação de prisão, as forças israelenses disseram que os soldados foram "alvejados com fogo direto e responderam com tiros de munição real, os tiros foram identificados".
Três palestinos foram mortos, disseram autoridades médicas. A organização Jihad Islâmica reivindicou que um deles era um membro, e seu corpo foi visto envolto na bandeira do grupo militante em seu funeral.
Moradores disseram à Reuters que dois dos homens mortos eram conhecidos na cidade como combatentes armados. O terceiro homem era um civil que passava no momento do tiroteio, segundo os moradores.
Horas depois, autoridades médicas disseram que um palestino foi morto a tiros por tropas israelenses perto da cidade central de Ramallah, na Cisjordânia. O Exército disse que abriu fogo contra um grupo que atirou pedras e garrafas contra os carros que passavam.
Ghassan al-Saadi, que disse ter testemunhado o incidente de Jenin, disse à Reuters que viu atiradores israelenses atirarem em carros à sua frente. Ele disse que as tropas também dispararam contra as ambulâncias quando chegaram ao local para remover dois homens que estavam caídos no chão.
As forças israelenses disseram que não estavam cientes de tais informações.
(Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi e Henriette Chacar)