WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos está formando uma força-tarefa bipartidária para investigar o ataque a tiros ao candidato presidencial republicano Donald Trump, disseram os líderes republicano e democrata nesta terça-feira.
O painel, composto por sete republicanos e seis democratas, fará recomendações de reformas para as agências governamentais relevantes e terá autoridade de intimação, de acordo com uma declaração do presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, e do líder democrata, Hakeem Jeffries.
O Serviço Secreto dos EUA (USSS) tem sido alvo de críticas contundentes desde a tentativa de assassinato do ex-presidente em 13 de julho. Em uma audiência na segunda-feira, o presidente republicano do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, e o principal democrata, Jamie Raskin - normalmente muito divididos na maioria das questões - pediram a saída da diretora do USSS, Kimberly Cheatle, o que foi confirmado nesta terça-feira.
"As falhas de segurança que permitiram uma tentativa de assassinato contra a vida de Donald Trump são chocantes", disse Johnson em um comunicado, acrescentando que a força-tarefa agiria rapidamente para "garantir que tais falhas nunca mais aconteçam".
Ele afirmou que os parlamentares da Câmara votarão em uma resolução esta semana para estabelecer a força e seus membros.
Na segunda-feira, Cheatle classificou o ataque a tiros como a falha operacional mais significativa da agência em uma década.
(Reportagem de Doina Chiacu)