LIMA (Reuters) - Um forte terremoto atingiu a costa sul do Peru na manhã deste domingo, deixando dois mortos, 17 desaparecidos e dezenas de feridos, além de causar o colapso de casas e estradas.
O terremoto de magnitude 7.1 ocorreu às 4:18 (horário local) a profundidade de cerca de 36 quilômetros, informou o Serviço Geológico dos EUA (USGS). O epicentro estava no Oceano Pacífico a 40 quilômetros da cidade de Acari.
A governadora de Arequipa, Yamila Osorio, afirmou no Twitter que um homem de 55 anos morreu na cidade de Yauca após ser atingido por uma pedra.
Jorge Chavez, chefe do Instituto de Defesa Civil do Peru (Indeci), disse à rádio local RPPA que uma segunda morte foi registrada na cidade de Bella Union.
Outras 65 pessoas ficaram feridas, informou o Indeci no Twitter.
Diversas municipalidades estavam sem eletricidade, e muitas estradas e casas foram destruídas, disse Yamila. Muitos residentes de Lomas foram evacuados após sentirem um tremor secundário, disse ela.
Terremotos são comuns no Peru, mas muitas casas são construídas com materiais precários, que não podem resistir aos tremores.
Em 2007 um terremoto matou centenas na região de Ica.
Autoridades marítimas peruanas afirmaram que o terremoto não produziu um tsunami na costa peruana.
O Peru é o segundo maior produtor de cobre do mundo, mas muitas das minas no sul se encontram distantes da região costeira atingida pelo terremoto.
Um representante da Southern Copper afirmou que não havia relatos de danos nas minas Cuajone e Toquepala, nas áreas de Moguegua e Tacna.
Jesus Revilla, líder sindical da mina de cobre Cerro Verde em Arequipa, disse que as operações não haviam sido afetadas.
O terremoto também foi sentido ao norte do Chile, vizinho do Peru. Autoridades da Emergência Nacional do Chile disseram não haver relatos de feridos, danos à infraestrutura ou interrupção nos serviços básicos. A marinha chilena afirmou que o terremoto não chegou às condições que produziriam um tsunami em sua costa.
(Por Marco Aquino e Luc Cohen; Reportagem adicional de Antonio de la Jara em Santiago)
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447553))
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