BUENOS AIRES (Reuters) - Os incêndios estão intensos na província argentina de Córdoba, motivando a retirada de pessoas e ameaçando destruir casas, impulsionados, em parte, pelos fortes ventos e pela falta de chuva, disseram autoridades nesta segunda-feira.
Pelo menos 14.321 hectares de pastagens e territórios montanhosos foram queimados até o momento, principalmente nas áreas ao norte de Punilla e Ischilín, de acordo com a mídia local, enquanto a província e o governo federal enviam aeronaves para ajudar os bombeiros na área.
O governo de Córdoba alertou sobre o risco "extremo" de incêndios em toda a província, em meio ao tempo seco e as condições de vento, e pediu aos cidadãos para relatá-los.
Autoridades de justiça locais estão investigando a causa dos incêndios, que foram monitorados até duas fontes principais, em meio à suspeita de que foram causados por fazendeiros ao limparem pastagens para abrir caminho para uma nova expansão, uma prática comum na Argentina.
As chamas já destruíram linhas de transmissão em algumas áreas de Córdoba e ameaçam bloquear as principais rotas rodoviárias, disseram as autoridades.
"Pessoas foram retiradas. Felizmente, as decisões certas foram tomadas em tempo hábil", disse o bombeiro-chefe Eduardo Molinari ao canal de TV argentino TN. "Ninguém ficou ferido até agora... obviamente, houve danos materiais."
Os incêndios em Córdoba coincidem com incêndios em zonas úmidas na região do Delta do Paraná, na Argentina, que ganharam força rapidamente desde julho devido a uma forte seca. Os incêndios na região do Paraná são os piores em cerca de uma década e geraram preocupação entre os cientistas com relação ao solo, rico em carbono, liberando emissões nocivas durante a queima.
(Por Cassandra Garrison e Maximilian Heath)