(Reuters) - Forças iraquianas cercaram completamente o complexo governamental em Ramadi, a última fortaleza do Estado Islâmico na cidade, e estão próximos de invadí-lo, afirmou à Reuters o porta-voz do comando de operações conjuntas, Yahya Rasool.
"Nós estamos retirando bombas das ruas e prédios em torno do complexo em preparação para a invasão. Esperamos fazê-lo daqui a cerca de uma hora", afirmou Rasool.
A recaptura de Ramadi, que caiu nas mãos dos militantes do Estado Islâmico em maio, seria uma das vitórias mais significativas para as Forças Armadas Iraquianas desde que o EI ocupou um terço do país em 2014.
"Os militantes parecem ter fugido do complexo, não estamos encontrando nenhuma resistência, disse Sabah al-Numani, porta-voz das unidades de contra-terrorismo que estão liderando a luta pelo lado do governo iraquiano. "Estamos vendo vários corpos de Daesh, mortos nos ataques aéreos ao complexo".
As forças do governo iraquiano estão sendo apoiadas por forças aéreas da coalisão internacional liderada pelos Estados Unidos. Milícias xiitas apoiadas pelo Irã, que tem tido uma importante participação na ofensiva contra o Estado Islâmico, tem sido mantidas afastadas dos campos de batalha em Ramadi para evitar tensões sectárias.
Se a ofensiva em Ramadi tiver sucesso, será a segunda cidade importante retomada do EI depois de Tikrit, em Abril. Oficiais informaram que a cidade ser[a entregue a polícia local e a forças tribais sunitas locais depois que a retomada for assegurada.
Depois de Ramadi, as Forças Armadas planejam a retomada de Mosul, no norte do país, o maior centro populacional sob controle do EI no Iraque e na Síria. Desalojar os militantes de Mosul, que possuía antes da guerra uma população de 2 milhões de pessoas, irá efetivamente abolir a estrutura do Estado Islâmico no Iraque e privá-los de uma das duas principais fontes de recursos, o petróleo e taxas e impostos pagos pela população.
(Por Ahmed Rasheed)