CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O corpo repleto de tiros de um fotojornalista foi encontrado na região central do México na sexta-feira, disseram autoridades estatais, colocando 2017 no caminho para se tornar o ano mais mortal para jornalistas no país.
Edgar Daniel Esqueda, de 23 anos e que trabalhava para o Metropoli San Luis e Vox Populi SLP, no Estado de San Luis Potosi, foi encontrado na capital do Estado com ao menos três ferimentos de tiros nas costas e no pescoço, disseram autoridades.
Os veículos de mídia em que Esqueda trabalhava haviam relatado seu sequestro em sua casa por atiradores na manhã de quinta-feira.
O governador de San Luis Potosi, Manuel Carreras, disse durante entrevista coletiva que uma investigação está sendo realizada. Ele não disse se o assassinato de Esqueda está ligado a seu trabalho como jornalista.
Com o assassinato de Esqueda, 2017 pode se tornar o ano mais sangrento até o momento para repórteres no México, de acordo com o grupo de liberdade de imprensa e direitos de jornalistas Articulo 19.
O fotojornalista foi o 11º repórter morto até o momento neste ano, segundo o grupo. O número se iguala ao total de 2016, o mais alto já registrado no país devastado por altos níveis de criminalidade e derramamento de sangue ligado às drogas.
Durante os últimos 17 anos, 111 jornalistas foram mortos no México, sendo 38 deles sob o atual governo do presidente Enrique Peña Nieto.
(Por Daina Beth Solomon e Christine Murray)