PARIS (Reuters) - O governo francês afirmou neste sábado que avançará com a contestada reforma previdenciária do presidente Emmanuel Macron no Parlamento por decreto, evitando a necessidade de uma votação, após a oposição apresentar mais de 40 mil emendas para o projeto de lei.
A reforma, que é a maior reformulação do sistema de aposentadorias e pensões da França desde a Segunda Guerra Mundial, motivou semanas de greves no setor público e protestos nas ruas, antes de adversários do texto levarem a batalha ao Parlamento.
Os fiéis a Macron, que tem maioria na Assembleia Nacional, chamaram a montanha de emendas de uma jogada cínica para travar a passagem da lei previdenciária pelo Parlamento.
"Decidi envolver a responsabilidade do governo no projeto de lei, criando um sistema universal de aposentadoria, não para encerrar o debate, mas para encerrar este período de não debate", disse o primeiro-ministro Edouard Philippe, à câmara baixa do Parlamento.
(Por Leigh Thomas)