PARIS (Reuters) - O porta-voz do governo da França disse nesta terça-feira que Paris reagirá se for provado que as forças que apoiam o governo da Síria realizaram um ataque químico contra a cidade de Douma, em Ghouta Oriental, no final de semana.
A questão do uso de armas químicas na Síria é um tema espinhoso para o presidente francês, Emmanuel Macron. Ele alertou que o uso de tais armas para provocar mortes é uma "linha vermelha" que desencadeará uma ação de seu país, até mesmo unilateral.
Seus assessores disseram que uma resposta militar dependeria de a inteligência francesa provar tanto o uso de agentes químicos mortais quanto as mortes, e que uma reação provavelmente seria coordenada com os Estados Unidos.
"O presidente repetiu mais de uma vez que, se a linha vermelha for cruzada e se for estabelecido quem é o responsável, isso levará a uma resposta", disse Benjamin Griveaux à rádio Europe 1.
Macron e o presidente dos EUA, Donald Trump, conversaram pela segunda vez em dois dias na segunda-feira depois de concordarem que uma arma química foi utilizada. Um grupo de assistência médica sírio disse que ao menos 60 homens, mulheres e crianças foram mortos.
Após uma avaliação inicial cautelosa na noite de domingo, o gabinete de Macron disse nesta terça-feira que os dois líderes concordaram sobre a necessidade de uma "reação forte" da comunidade internacional.
Na segunda-feira Trump prometeu uma ação rápida e vigorosa. Autoridades francesas disseram estar coordenando a reação com seus aliados e que todas as opções estão sendo estudadas.
(Por John Irish)