Por Luke Baker
PARIS (Reuters) - Uma série de ataques em toda a França nos últimos dias alarmou políticos e provocou pedidos de ação contra o que alguns comentaristas descrevem como uma nova forma de antissemitismo na extrema-direita e entre pregadores islâmicos.
O problema ganhou ênfase nesta terça-feira com a descoberta de mais de 90 túmulos de um cemitério judeu no leste do país profanados com suásticas e outras ofensas. Não está claro quem realizou o ataque.
"Quem quer que tenha feito isso não é digno da República francesa e será punido", declarou o presidente Emmanuel Macron ao prestar homenagem no local. "Adotaremos ações, aplicaremos a lei e os puniremos."
Políticos de todo o espectro participarão de marchas contra o antissemitismo em toda a França na noite desta terça-feira, inclusive em Paris. Macron visitará o memorial do Holocausto da capital com os líderes do Parlamento.
A França abriga a maior comunidade judaica da Europa, cerca de 550 mil pessoas, uma população que aumentou quase a metade desde a Segunda Guerra Mundial, mas os ataques antissemitas continuam comuns –houve mais de 50 só em 2018, um aumento de 74 por cento em relação a 2017, segundo cifras divulgadas na semana passada.
Quase a cada dois dias da última quinzena surgiram novos indícios de antissemitismo.