Por John Irish
PARIS (Reuters) - A França disse nesta quarta-feira que organizará uma reunião internacional sobre a Síria em janeiro e que a suspensão das sanções e auxílio para reconstrução estariam condicionados a compromissos políticos e de segurança claros por parte da autoridade de transição.
Uma equipe de diplomatas franceses se reuniu com uma autoridade da equipe de transição síria na terça-feira em Damasco, e a França hasteou a bandeira na embaixada francesa naquele país, 12 anos depois de cortar laços com Bashar al-Assad em meio à guerra civil.
O ministro interino das Relações Exteriores, Jan-Noel Barrot, disse ao Parlamento que os diplomatas tinham visto sinais positivos da autoridade de transição e que, pelo menos na capital, os sírios pareciam estar retomando sua vida normal sem serem impedidos.
"Não os julgaremos por suas palavras, mas por suas ações, e ao longo do tempo", afirmou Barrot.
A reunião de janeiro seria uma continuação de uma reunião na Jordânia na semana passada que incluiu Turquia, países árabes e ocidentais. Não ficou claro em um primeiro momento se os sírios participariam ou qual seria o objetivo exato da conferência.
Nações ocidentais saudaram a queda de Assad, mas estão avaliando se podem trabalhar com os rebeldes que o expulsaram, incluindo o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um grupo islâmico que é designado como organização terrorista pela União Europeia.
Barrot disse que uma transição inclusiva seria vital e que as potências ocidentais tinham muitas ferramentas à sua disposição para amenizar a situação, principalmente o levantamento de sanções internacionais e auxílio à reconstrução.
"Mas estamos condicionando esse apoio a compromissos claros na frente política e de segurança", disse.
(Reportagem de John Irish)