EDINBURGO (Reuters) - Se a Grã-Bretanha decidir que quer sair da União Europeia em um referendo marcado para junho, a França irá permitir que imigrantes sigam para o território britânico retirando os controles de fronteiras e estendendo o tapete vermelho para os banqueiros em fuga de Londres, disser o ministro da Economia francês, Emmanuel Macron.
"No dia em que esta relação se desfizer, os imigrantes não ficarão mais em Calais (porto francês de acesso ao Canal da Mancha), e o passaporte financeiro irá funcionar menos bem", afirmou Macron ao jornal Financial Times antes de uma cúpula de segurança anglo-francesa.
Macron acrescentou que também podem ser criados obstáculos para o comércio bilateral, e que um acordo que permite à Grã-Bretanha realizar inspeções nas fronteiras para deter imigrantes indesejados do lado francês do Canal também pode ser desfeito.
Ecoando o convite feito pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, para que empresas francesas se mudassem para seu país quando a França elevou impostos em 2012, Macron disse: "Se eu raciocinasse como aqueles que estendem tapetes vermelhos, diria que podemos ter alguns repatriados da City de Londres (o coração financeiro da capital inglesa)."
Ele acrescentou que a "energia coletiva (da UE) seria gasta no desmonte dos laços existentes, não na recriação de novos" se os eleitores britânicos rejeitarem a permanência no bloco.
(Por Elisabeth O'Leary)
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