Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - Militantes de Gaza dispararam foguetes e Israel realizou ataques aéreos em um confronto transfronteiriço nesta quinta-feira, depois que 11 palestinos foram mortos um dia antes durante um ataque israelense na Cisjordânia ocupada, renovando preocupações sobre uma escalada da violência.
Esforços de mediação estavam em andamento pelo Egito e pela Organização das Nações Unidas (ONU) para acalmar a situação, disseram autoridades. O enviado da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, chegou a Gaza para se encontrar com os líderes do Hamas.
Militares de Israel disseram que seis foguetes foram disparados de Gaza durante a noite, acionando sirenes de ataque aéreo nas comunidades do sul de Israel. Cinco foguetes foram interceptados por defesas antimísseis e o outro caiu em área aberta. Não havia relato de feridos.
A facção militante palestina Jihad Islâmica não chegou a afirmar que disparou os foguetes, mas disse que tinha o direito de se defender contra a agressão israelense.
Mais tarde, caças israelenses atingiram uma fábrica de armas pertencente ao Hamas, grupo islâmico que controla Gaza, disseram os militares israelenses, também sem relato de feridos.
Os ataques transfronteiriços ocorrem após uma operação israelense na cidade de Nablus, na Cisjordânia, na quarta-feira. As tropas israelenses mataram 11 palestinos, incluindo seis homens armados e cinco civis, e feriram mais de 100 pessoas, disseram fontes palestinas.
O enviado da ONU para o Oriente Médio Wennesland chegou a Gaza para se encontrar com os líderes do Hamas em um esforço para acalmar a situação, disse uma fonte diplomática à Reuters.
"Peço a todos os lados que se abstenham de medidas que possam inflamar ainda mais uma situação já volátil", afirmou Wennesland em um comunicado antes da visita.
(Reportagem de James Mackenzie, Nidal al-Mughrabi, Ari Rabinovitch, Maayan Lubell e Ali Sawafta)