CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O furacão John voltou a ganhar força nesta quinta-feira, causando chuvas na costa sudoeste do México e ampliando os danos provocados nos últimos dias em uma região com muitos portos e pontos turísticos.
John tem se movido perto da costa mexicana desde segunda-feira, perdendo e ganhando força ao atingir importantes portos de carga e fechando temporariamente aeroportos locais.
O furacão foi responsável por pelo menos cinco mortes em decorrência de deslizamentos de terra.
O meteorologista Jesse Ferrell, da AccuWeather, referiu-se ao John como uma tempestade “zumbi” -- um termo que se refere a sistemas que se dissipam antes de novamente ganharem força e se transformarem em uma nova tempestade.
O termo foi criado pelo Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos em 2020, quando o que sobrou da tempestade Paulette se regenerou perto da ilha dos Açores, após atingir as Bermudas.
Christopher Rozoff, cientista no Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica, afirmou que o furacão está se movendo lentamente e que não possui forças que o deslocassem para outros lugares.
Ele afirmou que isso torna o furacão “propenso a seguir um caminho desastroso de volta ao mar para se reintensificar e causar mais transtornos à costa mexicana, com chuvas extremas”.
Nesta quinta-feira, o furacão está novamente causando chuvas no Estado de Guerrero, depois de já ter atingido a região no começo da semana, em passagem que derrubou árvores e a energia elétrica de dezenas de milhares de pessoas e causou deslizamentos mortais, que destruíram casas.
A governadora de Guerrero, Evelyn Salgado, afirmou nesta quinta-feira que os moradores devem tomar todas as precauções, um dia depois de uma maré alta ter castigado os restaurantes de frente para o mar em Acapulco, um dos principais destinos de resorts do Estado. As chuvas também causaram enchentes nas ruas.
(Reportagem de David Alire Garcia, Raul Cortes e Sarah Morland)