NOVA YORK (Reuters) - Manifestantes que protestam contra os assassinatos de civis negros por policiais dos Estados Unidos uniram forças ao diretor de cinema Quentin Tarantino, nesta quinta-feira, em reação aos pedidos crescentes de boicote a seus filmes feitos por sindicatos da corporação do país.
Policiais de Los Angeles e da Filadélfia se juntaram a seus colegas nova-iorquinos nesta semana para pedir um boicote ao diretor de "Pulp Fiction", que descreveu os policiais como assassinos em um protesto em Nova York.
A revolta popular com as mortes de negros causadas por policiais em Nova York, Missouri, Baltimore, Carolina do Sul e outros locais está levando a manifestações e processos contra policiais em todo o país há mais de um ano.
Carl Dix, um dos organizadores do protesto do último sábado, disse que os ataques a Tarantino têm como meta dar um recado a "qualquer um cuja voz tenha grande peso na sociedade: se você se manifestar, iremos atrás de você, ameaçar sua subsistência e tentar te silenciar através do medo".
O filme mais recente de Tarantino, "Os Oito Odiados", sobre caçadores de recompensas no Estado do Wyoming após a Guerra de Secessão, estreia nos cinemas norte-americanos em 25 de dezembro e é visto como possível concorrente ao Oscar.
Tarantino não comentou a reação policial, e os pedidos de boicote não devem ter um impacto significativo nas bilheterias de seus filmes, que são admirados em Hollywood mas nem sempre são sucessos comerciais.
(Por Jill Serjeant)