Por Will Dunham
WASHINGTON (Reuters) - Fósseis, incluindo tubarões, répteis marinhos e criaturas semelhantes a lulas, escavados em Idaho, nos Estados Unidos, revelam um ecossistema marinho pujante relativamente pouco depois da pior extinção em massa na Terra, contradizendo a noção antiga de que a vida se recuperou de forma lenta da calamidade.
Cientistas descreveram nesta quarta-feira a descoberta surpreendente dos fósseis, que mostrou uma grande presença de criaturas na sequência da extinção global do fim do período Permiano há cerca de 252 milhões de anos, que eliminou cerca de 90 por cento das espécies.
Mesmo a extinção em massa provocada por asteroide há 66 milhões de anos, que condenou os dinossauros, não levou a vida à beira da aniquilação como a do período Permiano.
Os fósseis de cerca de 30 espécies diferentes achados no condado de Lake County, perto da cidade de Paris, em Idaho, mostraram uma recuperação rápida e dinâmica de um ecossistema marinho, ilustrando a incrível resiliência da vida.
"A nossa descoberta foi totalmente inesperada”, afirmou o paleontologista Arnaud Brayard, de uma universidade francesa, com um conjunto de animais muito diversificado.