Os ministros das Relações Exteriores dos países do G7 e o Alto Representante da UE (União Europeia), Josep Borrell, emitiram um comunicado no domingo (4.ago.2024) em que expressaram “profunda preocupação com o nível elevado de tensão no Oriente Médio”. Segundo eles, a situação “ameaça desencadear um conflito mais amplo na região”. Eis a íntegra (PDF – 45 kB) da nota, em inglês.
“Instamos todas as partes envolvidas, mais uma vez, a se absterem de perpetuar o atual ciclo destrutivo de violência retaliatória, a reduzir as tensões e a se engajar construtivamente em direção à desescalada”, diz o texto. “Nenhum país ou nação tem a ganhar com uma nova escalada no Oriente Médio”, completa.
As tensões no Oriente Médio aumentaram na última semana, depois do assassinato de Fuad Shukr, comandante sênior do Hezbollah em Beirute (Líbano), e Ismail Haniyeh, líder do gabinete político do Hamas, em Teerã (Irã).
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na última 4ª feira (31.jul) que Tel Aviv está pronta para enfrentar qualquer cenário de conflito no Oriente Médio.
Com a confirmação da morte de Haniyeh, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, ordenou um ataque direto contra Israel. A decisão foi tomada durante uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional. O Irã e o Hamas responsabilizam Israel pelo assassinato, mas Tel Aviv ainda não confirmou participação.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarou na 5ª feira (1º.ago) que o conflito entre o grupo e Israel avançou para uma “nova fase” depois dos assassinatos de Shukr e Haniyeh.
“O inimigo e aqueles que estão por trás do inimigo devem aguardar nossa inevitável resposta”, declarou Nasrallah. “Vocês não sabem quais linhas vermelhas cruzaram”, completou.