HOUSTON (Reuters) - Pessoas enlutadas se reuniram no Texas nesta segunda-feira para prestar homenagens ao afro-norte-americano George Floyd, que morreu sob custódia da polícia duas semanas atrás, e a pressão por reformas abrangentes no sistema de justiça dos Estados Unidos cresceu na esteira de protestos de âmbito nacional.
A revolta dos manifestantes com a morte de Floyd, de 46 anos, está dando lugar a uma determinação cada vez maior para fazer de seu caso um divisor de águas nas relações raciais e na forma como departamentos de polícia funcionam em todo o país.
Floyd morreu depois que o policial Derek Chauvin se ajoelhou sobre seu pescoço durante nove minutos em Mineápolis. Um observador que registrou a cena com o celular mostrou Floyd apelando ao policial e murmurando "não consigo respirar".
Em Houston, onde Floyd cresceu, bandeiras dos EUA tremulavam ao longo da rota para a igreja Fountain of Praise, enquanto centenas de pessoas faziam fila para ver seu caixão, algumas com camisas com as palavras "não consigo respirar".
"Hoje é um grande dia. Muitas mudanças estão sendo feitas. É uma tragédia que uma vida tenha tido que ser tomada", disse Perence Mcintosh, morador negro de Houston que esperava na fila.
Joe Biden, virtual candidato presidencial democrata que está desafiando o presidente republicano Donald Trump na eleição de 3 de novembro, planejava se encontrar com a família de Floyd ainda nesta segunda-feira, de acordo dom seus assessores.
Floyd será enterrado na terça-feira.
(Por Erwin Seba, David Morgan, Susan Heavey e Nathan Layne)