Por Mark Hanrahan
LONDRES (Reuters) - O autor norte-americano George Saunders ganhou o importante prêmio de literatura Man Booker Prize de 2017 por seu primeiro romance, "Lincoln no Limbo", um relato ficcional do ex-presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln enterrando seu filho mais novo.
Em seu discurso de agradecimento, Saunders, de 58 anos, observou que "nós vivemos em um momento estranho", acrescentando que a pergunta chave da nossa era é se a sociedade responde aos acontecimentos com "exclusão e projeções negativas e violência" ou "com amor".
Saunders foi o segundo escritor norte-americano consecutivo a ganhar o prêmio, depois que as regras foram mudadas em 2014 para permitir que autores de qualquer livro escrito em inglês e publicado no Reino Unido possam concorrer. Antes o prêmio era concedido exclusivamente a escritores britânicos.
Seu romance, que se passa em 1862, um ano após o início da guerra civil norte-americana, é uma mistura de relatos históricos e imaginação fictícia, que vê Willie, filho de Lincoln que morreu na Casa Branca aos 11 anos de idade, no "Bardo", um tipo de purgatório tibetano.
O júri, liderado pela escritora Lola Young, elogiou o livro "profundamente comovente", dizendo que a obra é "totalmente original".
No ano passado, o norte-americano Paul Beatty, se tornou o primeiro escritor dos Estados Unidos a ganhar o prêmio por seu romance "O Vendido", uma sátira sobre os relacionamentos de raça nos EUA.
(Reportagem adicional de Kanishka Singh em Bengaluru)