RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil precisa se acostumar com a geração que tem e trabalhar firme para evoluir nos próximos jogos e competições, entre elas as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, segundo o coordenador técnico da seleção brasileira, o ex-goleiro Gilmar Rinaldi.
Ele e o técnico Dunga apresentaram ao comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta terça-feira um relatório sobre a preparação e a campanha do Brasil na Copa América do Chile, em que a seleção foi eliminada nos pênaltis pelo Paraguai ainda nas quartas de final. Foi a segunda eliminação consecutiva do Brasil nas mesmas condições.
Rinaldi reconheceu a insatisfação da direção da CBF e da própria comissão técnica com a campanha, mas procurou encontrar explicações. Uma delas, segundo ele, foi o fato de o Brasil estar em uma fase de transição e ter levado uma seleção das mais jovens da Copa América.
"Tínhamos apenas dois jogadores com experiência de Copa América", afirmou ele a jornalistas. "Temos sempre que buscar novas soluções e alternativas. Não vai faltar trabalho."
No entanto, Rinaldi deixou escapar que a safra de atletas do Brasil não é das mais fortes, e que todos têm que se acostumar com essa realidade. "Não tem muito o que fazer. A geração é essa que está aí.. Buscamos sempre valores... É essa aí, vamos trabalhar, temos que amadurecer e superar os problemas."
Ao tentar minimizar o fracasso brasileiro, o coordenador lembrou que a Argentina também teve dificuldades e só chegou às semifinais ao vencer a Colômbia nos pênaltis.
"Nosso parâmetro foi a Argentina; ela jogou com equipe completa, com todos titulares e ficaram nos pênaltis. Nós perdemos seis jogadores sendo quatro titulares", afirmou.
Para o coordenador técnico, a competição serviu de lição para o trabalho futuro da seleção brasileira. Daqui alguns meses o Brasil inicia a campanha nas eliminatórias para o Mundial de 2018 e, ele e Dunga pretendem ir à Rússia acompanhar o sorteio da competição. Antes da estreia, o Brasil deve fazer dois amistosos nos Estados Unidos.
"Não ficamos contentes; perdemos dois jogos e mesmo quando ganhávamos sabíamos que não estava tudo certo. A Copa América foi um aprendizado", finalizou.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)