BUENOS AIRES (Reuters) - O chefe da Casa Civil argentina, Santiago Cafiero, admitiu neste sábado que é necessário fazer um “ajuste no gasto político” dentro da administração pública, horas depois de o Congresso aprovar a chamada “lei de emergência econômica", para enfrentar a grave crise pela qual o país passa.
“Há de se fazer um ajuste no gasto político, e estamos fazendo”, disse Cafiero ao programa “Digamos todo”, da Rádio CNN. “Estamos fazendo mudanças administrativas para diminuir o número de assessores e carros oficiais, por exemplo”, acrescentou.
As declarações foram dadas no contexto de um debate sobre os privilégios nas aposentadorias, que o presidente, Alberto Fernández, tentará revogar em sessões extraordinárias do Congresso no próximo mês.
“Os dois regimes mais altos são o diplomático e o Poder Judiciário. Queremos que isso seja discutido. Com esta lei, formamos uma comissão para tratar dos regimes especiais”, afirmou.
Fernández, que assumiu a Presidência no dia 10 de dezembro, firmou um decreto para prorrogar as sessões extraordinárias do Congresso até o dia 29 de fevereiro. A medida, anunciada no sábado no Diário Oficial, não detalhou os temas a serem debatidos.
(Reportagem de Lucila Sigal)