CARACAS (Reuters) - Representantes do governo da Colômbia e dos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) concluíram a primeira rodada de negociações de paz na capital da Venezuela, Caracas, nesta segunda-feira, com a próxima rodada de negociações marcada para acontecer no México.
Os dois lados retomaram as negociações de paz em 21 de novembro com a intenção de encerrar a participação do ELN em quase seis décadas de conflito armado na Colômbia, que já deixou ao menos 450.000 mortos.
O México realizará a próxima rodada de negociações a partir de janeiro, disse o embaixador do México em Caracas, Leopoldo de Gyves, depois que o país concordou em ser o garantidor oficial das negociações de paz.
Pablo Beltrán, o chefe da delegação do ELN, disse que as negociações serão retomadas no primeiro trimestre do ano que vem.
Falando de Bogotá, o ministro da Defesa da Colômbia, Iván Velásquez, reconheceu nesta segunda-feira "uma notável queda nas operações" do ELN desde o reinício das negociações.
Em um comunicado conjunto, as partes negociadoras disseram ter chegado a quatro pontos de concordância até agora, incluindo o reconhecimento da grave violência e a necessidade de uma atenção emergencial às províncias colombianas de Choco e Valle del Cauca, sem dar mais detalhes.
O comunicado também informou que o ELN --acusado de se financiar por meio de sequestros, extorsões, narcotráfico e garimpo ilegal-- já libertou 20 reféns desde agosto.
Quando perguntado, Beltrán não respondeu quantas pessoas o grupo ainda mantém em cativeiro.
(Reportagem de Vivian Sequera em Caracas e Luis Jaime Acosta em Bogotá)