Por Oliver Griffin
BOGOTÁ (Reuters) - O governo da Colômbia e o Estado Maior Central (EMC), o maior grupo dissidente das Farc, disseram nesta terça-feira em um comunicado conjunto que iniciarão negociações de paz em 8 de outubro e começarão, no mesmo dia, um acordo bilateral nacional de cessar-fogo de 10 meses.
O EMC foi fundado por ex-membros dissidentes dos agora desmobilizados rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que rejeitaram um acordo de paz de 2016 assinado pelo grupo.
As conversas entre o governo colombiano e o EMC fazem parte da tentativa do presidente de esquerda Gustavo Petro de pôr fim ao conflito armado do país, que já dura quase seis décadas e matou quase meio milhão de pessoas.
O dia 8 de outubro verá a "instalação das negociações de paz e a declaração do acordo para respeitar os civis e a cessar as operações ofensivas", disseram as partes no comunicado.
De 11 de novembro a 8 de agosto de 2024, as partes avaliarão a implementação tanto do acordo de respeito aos civis quanto do cessar-fogo, acrescentou o comunicado.
O governo da Colômbia suspendeu em maio um cessar-fogo nacional com o EMC em algumas áreas do país andino após o assassinato de quatro adolescentes indígenas que foram recrutados forçadamente pelo grupo e mortos a tiros quando tentavam escapar, de acordo com grupos indígenas.
O procurador-geral da Colômbia suspendeu mandados de prisão para mais de 20 membros do EMC em março para permitir que eles participem do diálogo.