Por Jorge Pineda e Andrew Cawthorne
SANTO DOMINGO/CARACAS (Reuters) - Membros do governo da Venezuela e da coalizão da oposição começaram uma nova rodada de conversas nesta sexta-feira na República Dominicana com objetivo de resolver um longo e frequentemente sangrento impasse político no país membro da Opep.
Diversos esforços de mediação fracassaram nos anos recentes: adversários acusam o presidente Nicolás Maduro de explorar diálogos para ganhar tempo, enquanto ele diz que a oposição prefere violência.
Poucos venezuelanos esperam um avanço neste momento, com oponentes desmoralizados ao verem Maduro consolidar poder e se posicionar para possível reeleição em 2018.
A coalizão Unidade Democrática – que fracassou em derrubar Maduro em meses de protestos nas ruas neste ano que levaram a cerca de 125 mortes – pressiona principalmente para garantir uma eleição livre e justa no ano que vem.
A coalizão também quer um corredor de auxílio humanitário estrangeiro para aliviar uma das piores crises econômicas da história moderna da Venezuela, assim como liberdade para centenas de ativistas presos e respeito ao Congresso liderado pela oposição.
“Nós viemos buscar soluções para os problemas da Venezuela: fome, remédios, eleições livres e a necessidade de restaurar democracia”, disse o principal negociador da oposição, Julio Borges. “É um caminho difícil”.