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Governo de Israel adia reforma judicial em meio a protestos em massa

Publicado 27.03.2023, 16:34
© Reuters. Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, conversa com parlamentares durante encontro, em Jerusalém, Israel
27/03/2023
REUTERS/Ronen Zvulun

Por Maayan Lubell

JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, adiou nesta segunda-feira uma decisão sobre os planos de uma reforma judicial alvo de enormes protestos, em meio a temores de que a pior crise nacional de Israel em anos possa fraturar sua coalizão ou se transformar em violência.

Não ficou claro até que ponto o adiamento do projeto de lei, que se deu após manifestações em massa e crescentes greves trabalhistas, irá satisfazer qualquer um dos lados ou se irá esfriar uma crise que o chefe do Exército disse na segunda-feira ter transformado "este momento em um momento diferente de qualquer outro antes".

"Com a disposição de evitar a divisão na nação, decidi adiar a segunda e a terceira leitura para chegar a um amplo consenso", disse o líder em um discurso na TV, classificando a decisão como uma "uma chance de evitar uma guerra civil".

O parceiro de coalizão de extrema direita de Netanyahu, o ministro da Segurança Itamar Ben-Gvir, disse que concordou com o adiamento em troca de um acordo para que ele possa formar uma Guarda Nacional sob seu ministério --medida que os oponentes criticam de forma feroz, e que entendem que equivale a dar a Ben-Gvir sua própria milícia.

O plano do governo de aumentar o controle do Parlamento sobre os processos judiciais desencadeou alguns dos maiores protestos em massa da história de Israel, com seus adversários classificando a medida como uma ameaça à democracia.

Apoiadores da lei, entre eles torcedores de futebol de extrema-direita, fizeram contra-manifestações, e a polícia disse que estava reforçando a segurança após ameaças nas redes sociais de ataques violentos contra israelenses de esquerda.

A decisão de Netanyahu de adiar a passagem do projeto também veio após a oposição do sindicato trabalhista Histadrut, que suspendeu voos no aeroporto Ben Gurion e ameaçava paralisar portos marítimos, bancos, hospitais e serviços médicos.

O sindicato disse que cancelou as greves depois que Netanyahu anunciou o adiamento.

O líder da oposição, Benny Gantz, disse que a decisão foi "antes tarde do que nunca", mas que não abrirá mão dos "fundamentos da democracia" em nenhum diálogo sobre a nova lei.

O presidente israelense, Isaac Herzog, que protagonizou uma rara intervenção na política na segunda-feira para implorar a Netanyahu que suspendesse sua reforma judicial em prol da unidade nacional, disse que interrompê-la era "a coisa certa a fazer".

© Reuters. Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, conversa com parlamentares durante encontro, em Jerusalém, Israel
27/03/2023
REUTERS/Ronen Zvulun

A crise, uma das piores da história política doméstica de Israel, ocorreu em meio à escalada de violência na Cisjordânia, onde mais de 250 atiradores e civis palestinos e mais de 40 israelenses foram mortos no ano passado.

Moradores palestinos de Huwara, uma cidade perto de Nablus, na Cisjordânia ocupada por Israel, disseram que colonos e soldados israelenses invadiram a cidade na segunda-feira, disparando seus rifles para o ar. Testemunhas disseram que colonos incendiaram um veículo e atiraram pedras em uma ambulância que tentava chegar até os feridos.

(Reportagem adicional de Ari Rabinovitch, Dan Williams, Henriette Chacar, Steven Scheer)

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