Por Phil Stewart e Robin Emmott
MUNIQUE (Reuters) - O senador republicano John McCain foi de encontro à mensagem tranquilizadora que autoridades norte-americanas em visita à Alemanha buscaram passar na primeira viagem delas à Europa, dizendo nesta sexta-feira que o governo do presidente Donald Trump está em "desordem".
McCain, conhecido pelas críticas a Trump, disse à Conferência de Segurança de Munique que a demissão de Michael Flynn, assessor de segurança nacional do presidente, por conta dos contatos com a Rússia refletiu problemas profundos em Washington.
"Eu acho que o tema Flynn é obviamente algo que mostra que de muitas formas esse governo está em desordem, e eles têm um monte de trabalho para fazer”, disse McCain.
"O presidente, eu acho, faz declarações e em outras ocasiões contradiz a si mesmo. Então, temos aprendido a observar o que o presidente faz como o oposto ao que ele diz”, afirmou.
Governos europeus têm estado inquietos pelos sinais enviados por Trump sobre uma série de assuntos de política externa, da Otan e da Rússia até o Irã, Israel e integração europeia.
A primeira viagem à Europa do secretários de Defesa de Trump, Jim Mattis, e de Estado, Rex Tillerson, para uma reunião do G20 em Bonn, contribuiu para aliviar preocupações, uma vez que ambos manifestaram posições norte-americanas mais tradicionais.
Contudo, Trump enfrenta uma crescente polêmica interna sobre as potenciais relações entre os seus assessores e a Rússia, controvérsia que ele chamou de uma “fraude” e de uma “manobra” por parte de meios comunicação hostis.