Por Ted Hesson e Kanishka Singh
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos vai retomar uma versão atualizada de um programa de patrocínio imigratório que estava pausado neste ano por temores de fraude, afirmou nesta quinta-feira o Departamento de Segurança Nacional (DHS, em inglês).
"Com esses procedimentos atualizados, o DHS vai retomar a emissão de novas Autorizações Avançadas de Viagem e monitorar de perto como esse novo processo está funcionando daqui para frente", afirmou o departamento.
O programa é parte de um esforço do governo do presidente Joe Biden de aumentar os caminhos legais para a entrada nos EUA, desincentivando assim o cruzamento ilegal da fronteira com o México, algo criticado pelos republicanos como sendo muito permissivo.
O programa permite que até 30 mil pessoas entrem mensalmente nos Estados Unidos vindos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, caso tenham "patrocinadores" e cumpram outros critérios. Os patrocinadores precisam estar nos EUA legalmente e ter recursos financeiros suficientes para ajudar a pessoa por toda a duração da estadia.
As novas regras incluem um exame mais minucioso do histórico financeiro e criminal, verificação adicional para encontrar perfis fraudulentos entre os apoiadores e melhores métodos para identificar tendências de inscrições em série, informou o departamento. O órgão acrescentou que também passará a exigir as impressões digitais dos patrocinadores que estão nos EUA.
Até 30 de junho, cerca de 495 mil pessoas desses quatro países entraram em território norte-americano por meio do programa, que começou com venezuelanos em 2022 e outras nacionalidades em 2023, segundo dados do DHS.
A imigração na fronteira dos EUA com o México é um dos principais assuntos na eleição presidencial de 5 de novembro, quando a vice-presidente, a democrata Kamala Harris, enfrentará o ex-presidente, o republicano Donald Trump.