Por Bart H. Meijer e Anthony Deutsch e Stephanie van den Berg
AMSTERDÃ (Reuters) - O governo holandês entrou em colapso nesta sexta-feira depois de não conseguir chegar a um acordo para restringir a imigração, e novas eleições serão realizadas no outono do Hemisfério Norte.
A crise foi desencadeada por uma pressão do partido conservador VVD, do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, para limitar o fluxo de requerentes de asilo para a Holanda, que dois dos quatro partidos de sua coalizão governamental se recusaram a apoiar.
"Não é segredo que os parceiros da coalizão têm opiniões divergentes sobre a política de imigração. Hoje, infelizmente, concluímos que essas diferenças se tornaram intransponíveis. Portanto, apresentarei a renúncia de todo o gabinete ao rei", disse Rutte em entrevista coletiva televisionada.
As tensões chegaram ao auge esta semana, quando Rutte exigiu apoio para uma proposta que limita a entrada de filhos de refugiados de guerra que já estão na Holanda e faz com que as famílias esperem pelo menos dois anos antes de poderem ser unidas.
Esta última proposta foi longe demais para a pequena União Cristã e o partido liberal D66, causando um impasse.
A coalizão de Rutte permanecerá como um governo provisório até que um novo governo seja formado após novas eleições, um processo que no fragmentado cenário político holandês geralmente leva meses.
A agência de notícias ANP, citando o comitê nacional de eleições, disse que as eleições não seriam realizadas antes de meados de novembro.