Por Angelo Amante
ROMA (Reuters) - O governo de direita da Itália apoiou nesta quinta-feira uma série de medidas para melhorar a segurança pública que incluem possíveis penas mais duras para mulheres que estão grávidas ou têm filhos muito pequenos, com o objetivo de atingir batedoras de carteira.
A coalizão do partido Liga Norte há tempos pedia o fim de uma regra que impede que essas mulheres sejam imediatamente detidas, parte de uma campanha contra batedoras de carteira estrangeiras em transportes públicos.
Sob a proposta, os juízes teriam permissão de ordenar a detenção, especialmente se forem criminosas habituais, mas não serão obrigados a fazê-lo, disse o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, em uma entrevista coletiva.
“Isso tem o objetivo de evitar o uso do status de maternidade como uma exceção para cometer um crime”, disse o ministro.
Em um comunicado, o governo afirmou que grávidas ou mães de crianças com até um ano de idade não serão presas em cadeias tradicionais, mas em estruturas especiais onde métodos de detenção mais leves são aplicados.
A medida do governo atraiu fortes críticas da oposição. Em um comunicado, a Aliança Esquerda Verde (AVS) chamou de um “abuso contra mulheres grávidas e suas crianças... que não têm culpa”.
A medida foi incluída em um projeto de lei do governo sujeito à aprovação de ambas as Casas do Parlamento antes de se tornar lei.
O projeto também aborda ativistas ambientais que bloqueiam rodovias e ruas para exigir ações contra as mudanças climáticas, provocando a ira dos motoristas.
(Reportagem de Angelo Amante)