LONDRES (Reuters) - A Alemanha não vai ter, pela primeira vez desde 1960, nenhum grande prêmio de Fórmula 1 neste ano, após a entidade que administra a categoria ter emitido nesta sexta-feira um novo calendário sem a prova que estava prevista para 19 de julho.
Hockenheim e Nuerburgring não concordaram em sediar uma corrida, e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou que a Alemanha havia sido excluída. O campeonato será agora disputado em 19 provas, com um intervalo de três semanas em julho.
"O Grande Prêmio da Alemanha foi excluído uma vez que o promotor e detentor dos direitos comerciais não chegou a um entendimento", disse a FIA.
A decisão surge cinco dias após o início da temporada na Austrália, mas já era esperada, com ambos os circuitos deixando claras suas posições, apesar de a Alemanha ser o país-sede da Mercedes, equipe da campeã mundial.
Nuerburgring deveria sediar a corrida neste ano, de acordo com um compromisso de alternância com Hockenheim, que sediou a prova no ano passado, mas o circuito mudou de proprietários e o novos donos se recusaram a pagar as taxas de organização.
Hockenheim, que já possui um contrato para 2016, recebeu um público acanhado na temporada passada e teve perdas substanciais, após apenas 52 mil pessoas terem comparecido ao circuito no dia da corrida.
Os representantes de Hockenheim foram consultados pelo diretor comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, mas deixaram claro que não estavam dispostos a sediar a corrida por três anos seguidos, a menos que recebessem algum auxílio externo.
A Alemanha sedia ao menos um GP de Fórmula 1 por ano desde 1960, e o país chegou a sediar duas provas por temporada, durante o auge da carreira do piloto alemão Michael Schumacher.
(Reportagem de Alan Baldwin) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150320T221917+0000