Por Stamos Prousalis
KALAMATA, Grécia (Reuters) - Equipes de resgate vasculhavam os mares da Grécia nesta quinta-feira após um naufrágio que matou pelo menos 79 imigrantes, enquanto as esperanças de encontrar sobreviventes diminuíam e os temores cresciam de que outras centenas, incluindo crianças, possam ter se afogado presas no porão do barco lotado.
Relatos sugerem que entre 400 e 750 pessoas lotavam o barco de pesca que virou e afundou na manhã de quarta-feira em águas profundas a cerca de 80 quilômetros da cidade costeira de Pylos. Autoridades gregas disseram que 104 sobreviventes foram trazidos para terra.
Quando ele começou a afundar na noite de terça-feira, as pessoas no convés externo lotado da embarcação recusaram repetidamente a ajuda de um barco da guarda costeira grega que o seguia, dizendo que queriam chegar à Itália, segundo autoridades gregas.
"Quando você se depara com tal situação... você precisa ter muito cuidado em suas ações", disse o porta-voz da guarda costeira Nikos Alexiou à emissora estatal ERT.
"Você não pode realizar um desvio violento em tal embarcação com tantas pessoas a bordo... sem qualquer tipo de cooperação."
A Grécia declarou três dias de luto, e autoridades disseram que não estava claro quantos estavam a bordo. Eles estavam investigando um relato de uma instituição de caridade europeia de apoio a resgates de que poderia haver 750 pessoas no barco de 20 a 30 metros de comprimento.
A Organização Internacional para as Migrações da ONU disse que relatos iniciais sugeriam que até 400 pessoas estavam a bordo.
(Reportagem adicional de Stelios Misinas em Kalamata, Lefteris Papadimas, Renee Maltezou e Karolina Tagaris em Atenas, Angelo Amante em Roma)