BARCELONA (Reuters) - A Espanha precisa libertar três separatistas catalães que tiveram suas fianças recusadas enquanto enfrentam um julgamento pela tentativa frustrada de promover a independência da região em 2017, é o que dirá um relatório de um Grupo de Trabalho das Nações Unidas nesta quarta-feira.
Em uma cópia antecipada a que a Reuters teve acesso, o Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenções Arbitrárias disse que a Espanha deveria investigar a decisão "arbitrária" de não conceder fiança a Oriol Junqueras, Jordi Sánchez, e Jordi Cruixart.
Nove ex-líderes catalães estão presos aguardando julgamentos por acusações de rebelião e mal uso de verbas públicas por conta de suas supostas participações na organização de um referendo sobre a independência da Catalunha em 2017.
O relatório será publicado um dia após a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) rejeitar unanimemente um caso aberto por dezenas de políticos catalães que acusam que a corte constitucional espanhola violou seus direitos ao impedir uma sessão no Parlamento regional no auge da crise separatista.
O Grupo de Trabalho da ONU não tem autoridade para ordenar a soltura de um detento, e depende de seu peso moral para pressionar governos, embora, no passado, suas decisões tenham sido ignoradas.
(Reportagem de Sam Edwards e Belen Carreño)