CAIRO (Reuters) - Um vídeo publicado on-line supostamente de um grupo egípcio ligado ao Estado Islâmico mostrou nesta quarta-feira um refém croata dizendo que os rebeldes irão matá-lo em 48 horas a menos que mulheres muçulmanas presas em cadeias egípcias sejam libertadas.
Em 24 de julho, o Ministério das Relações Exteriores da Croácia relatou que um grupo de homens armados tinha sequestrado um cidadão croata no Egito, identificado como T.S.
No vídeo, intitulado "Uma Mensagem ao Governo Egípcio" e postado em fóruns na Internet, um homem é visto ajoelhado e vestindo um macacão laranja de mangas curtas. Ele se identificou como Tomislav Salopek, de 30 anos, da Croácia, e funcionário da empresa francesa CGG .
A Reuters não conseguiu verificar de imediato a autenticidade das imagens. Se confirmado, será o primeiro vídeo conhecido de um refém ocidental em poder do grupo Província do Sinai, que mudou seu nome anterior, Ansar Bayt al-Maqdis, depois de jurar lealdade ao Estado Islâmico.
"O governo croata está fazendo todo o possível para resolver esta situação difícil. Levando em conta as circunstâncias difíceis e delicadas, não podemos fornecer quaisquer informações mais detalhadas neste momento", declarou o ministério em comunicado.
Um militante mascarado usando uniforme aparece ao lado de Salopek com uma faca vísivel na mão, e a bandeira negra do Estado Islâmico está apoiada à parede atrás de Salopek.
"Os soldados do Estado Islâmico... Wilayet Sinai (Província do Sinai, em árabe) me pegaram na quarta-feira, 22 de julho de 2015. Eles querem me substituir pelas mulheres muçulmanas detidas em prisões egípcias. Esta questão tem que ser resolvida antes de 48 horas a partir de agora. Senão, os soldados do Wilayet Sinai irão me matar", disse Salopek, lendo uma nota diante de um panorama desértico.
(Reportagem de Andrew Callus e Geert De Clercq, em Paris; e de Igor Ilic, em Zagreb)