BOGOTÁ (Reuters) - O grupo guerrilheiro de esquerda colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) está aberto a avançar em negociações de paz com o próximo presidente do país, Gustavo Petro, afirmou o grupo nesta segunda-feira, cobrando reformas para lidar com a exclusão social e a desigualdade.
Petro, de esquerda, e sua vice-presidente, Francia Márquez, receberam 50,4% dos votos na eleição de domingo.
“O ELN continua ativo em sua luta e resistência política e militar, mas também em sua disposição de avançar o processo de paz, com novas negociações, que começaram em Quito em fevereiro de 2017”, disse o ELN em um comunicado.
Petro, que será empossado em 7 de agosto, prometeu implementar totalmente o acordo de paz de 2016 com o antigo grupo de guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e buscar diálogo com os rebeldes ainda ativos do ELN.
O próximo presidente, ex-membro do grupo guerrilheiro M-19, tem pedido negociações rápidas com o ELN e também tem sugerido aplicar o acordo de paz de 2016 com as desmobilizadas Farc aos combatentes que rejeitam o acordo e formaram grupos dissidentes.
Se Petro promover mudanças para superar a violência política e desenvolver planos de empregos e empreendedorismo, reforma agrária, e continuar com o processo de paz, entre outras coisas, ele terá apoio popular, disse o ELN. O grupo cobrou uma inclusão econômica maior para as comunidades marginalizadas da Colômbia.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)