Por Deisy Buitrago
CARACAS (Reuters) - O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, afirmou nesta terça-feira que estava conversando com sindicatos para convocar uma greve de funcionários públicos, na tentativa de paralisar o setor público, aumentando a pressão a um enfraquecido Nicolás Maduro ao atingir a sua base de apoio chave.
As greves buscariam aproveitar o momento da oposição, impulsionado pelo triunfante retorno de Guaidó à Venezuela, na segunda-feira, depois que ele desrespeitou uma proibição de viagem para rodar países latino-americanos em busca de apoio para sua campanha pela deposição de Maduro.
Embora Guaidó tenha publicamente especulado que autoridades o prenderiam quando retornasse, ele passou pelo Aeroporto Internacional de Caracas sem problemas. Ele, então, foi para uma marcha na qual brincou com fato de o governo ter permitido sua entrada sem problemas, dizendo ao público que “alguém não obedeceu uma ordem”.
Guaidó pediu que oficiais estatais, que historicamente são pressionados pelo governista Partido Socialista a apoiar Maduro publicamente, rejeitassem o governo e prometeu anistias posteriores para aqueles que o fizessem.
“O momento chegou, e nosso chamado, nosso pedido, e nosso completo apoio a funcionários públicos, é por esta greve”, disse Guaidó, em uma entrevista coletiva, depois de se reunir com funcionários públicos. Ele não disse quando a greve aconteceria.
Guaidó, reconhecido pela maioria das nações ocidentais com legítimo chefe de Estado da Venezuela, afirmou que buscaria paralisar o setor público.