Por Sofia Menchu
CIDADE DA GUATEMALA (Reuters) - O supremo tribunal eleitoral da Guatemala ratificou na segunda-feira a vitória do candidato de centro-esquerda Bernardo Arévalo na eleição presidencial do país, embora uma nova tentativa de suspender seu partido tenha semeado outra confusão sobre o processo conturbado.
Arévalo, um ex-diplomata de 64 anos e filho de um ex-presidente, venceu de forma retumbante o segundo turno, em 20 de agosto, depois que os promotores ameaçaram anteriormente impedir a participação de seu partido, o Semilla, na eleição, provocando um protesto internacional.
As autoridades do tribunal eleitoral declararam Arévalo vencedor em uma coletiva de imprensa e, em seguida, enfrentaram perguntas sobre um documento do registro de cidadãos publicado na mídia que ordenava a suspensão temporária do registro legal do Semilla.
Em uma entrevista coletiva no final da segunda-feira, Arévalo disse que a suspensão era ilegal e que o partido apresentaria uma apelação às 7h da manhã do dia seguinte.
"O Movimento Semilla não desistirá", afirmou ele, denunciando o que chamou de um processo de perseguição política contra o partido e sua candidatura. Ele acrescentou que o registro o notificou sobre a suspensão pouco antes da ratificação oficial.
Arévalo disse que esperava uma ligação do atual presidente Alejandro Giammattei para coordenar a transição e assumir a Presidência ao lado de sua vice Karin Herrera em 14 de janeiro de 2024.
"Esses são os resultados oficiais, e é isso que conta na Guatemala", declarou o magistrado do tribunal Gabriel Aguilera.
A presidente do tribunal, Irma Palencia, disse que o registro de cidadãos é uma autoridade inferior e destacou que Arévalo é oficialmente o vencedor.
((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS TR