Por Diego Oré e Sofia Menchu
CIDADE DA GUATEMALA (Reuters) - Os eleitores Guatemala começavam a votar neste domingo para escolher um novo presidente que enfrentará um grande desafio, após o país ter firmado acordo com Washington para agir como um anteparo contra a imigração ilegal, em meio à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ameaçado com sanções econômicas se tivesse recusado, o governo que está deixando o poder assinou um acordo em julho para tornar a Guatemala um chamado terceiro país seguro para migrantes, apesar da pobreza endêmica e violência que assolam o país da América Central.
Os eleitores devem escolher entre o conservador Alejandro Giammattei e sua rival de centro-esquerda, a ex-primeira-dama Sandra Torres. Ambos são veteranos da política e criticaram o acordo, mas provavelmente não conseguirão fazer muito para impedi-lo.
Risa Grais-Targow, diretora da consultoria Eurasia Group para América Latina, disse que embora o acordo esteja enfrentando oposição na Guatemala, não honrá-lo deixaria o país à mercê de possíveis taxas a remessas ou tarifas a seus produtos.
“O próximo presidente enfrenta uma situação de perde-perde sobre a gestão do acordo com os Estados Unidos”, disse ela. “Este é o maior desafio que o próximo presidente enfrentará.”
Uma pesquisa de intenção de votos CID-Gallup, que ouviu 1.216 eleitores entre 29 de julho e 5 de agosto, mostrou Giammattei na liderança no caminho para o segundo turno, com 39,5% da preferência, contra 32,4% de Torres. A pesquisa tem margem de erro de 2,8 pontos.