(Reuters) - Haiti e Quênia estabeleceram relações diplomáticas na quarta-feira, de acordo com uma declaração do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter.
A medida ocorre em meio a discussões internacionais sobre a possibilidade de o Quênia liderar uma força de segurança multinacional apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudar a polícia haitiana a combater a escalada da violência de gangues no país.
O Conselho de Segurança da ONU poderá votar sobre a força multinacional para o Haiti em cerca de uma semana, disse Brian Nichols, secretário assistente dos Estados Unidos para assuntos do hemisfério ocidental, em uma entrevista ao serviço Voz da América nesta semana.
O governo de Henry buscou assistência internacional pela primeira vez em outubro passado, mas apesar dos repetidos apelos da ONU, o pedido ficou sem resposta até que o Quênia disse que estava preparado para liderar um grupo em julho.
Com recursos escassos, a polícia do Haiti tem lutado contra poderosas gangues que, segundo estimativas, controlam grande parte do país.
O presidente do Quênia, William Ruto, e Henry testemunharam a assinatura do pacto que estabelece laços na missão queniana em Nova York.
"Como nação líder na missão de segurança apoiada pela ONU no Haiti, temos o compromisso de enviar uma equipe especializada", disse Ruto em um comunicado divulgado por seu gabinete.
A equipe avaliará a situação e preparará estratégias para garantir soluções de longo prazo, acrescentou.
(Por Valentine Hilaire na Cidade do México e George Obulutsa em Nairóbi)