GAZA (Reuters) - A Anistia Internacional afirmou em relatório que o grupo Hamas cometeu crimes de guerra contra civis palestinos na Faixa de Gaza durante a guerra do ano passado com Israel.
Um cessar-fogo em agosto encerrou 50 dias de combate entre militantes de Gaza e Israel, no qual autoridades de saúde disseram que mais de 2.100 palestinos, a maioria civis, foram mortos. Israel diz que 67 soldados e seis civis do país morreram.
"As forças do Hamas realizaram uma campanha brutal de sequestros, tortura e assassinatos contra palestinos acusados de 'colaborar' com Israel e outros durante a ofensiva militar de Israel contra Gaza", disse o relatório do grupo de direitos humanos divulgado na quarta-feira (horário local).
Em relatório anterior, lançado em março, a Anistia também criticou Israel e acusou o país de crimes de guerra durante o conflito. Além das muitas mortes, pelo menos 16.245 casas foram destruídas ou tornadas inabitáveis. Militantes de Gaza dispararam milhares de foguetes e morteiros contra Israel.
No relatório mais recente, a Anistia listou uma série de casos descritos como "arrepiantes", em que palestinos acusados pelo Hamas de ajudar Israel foram torturados e mortos.
"A administração do Hamas concedia às suas forças de segurança liberdade para realizar abusos horríveis, incluindo contra pessoas sob sua custódia. Essas ações arrepiantes, algumas delas crimes de guerra, foram projetadas para se vingar e espalhar o medo em toda a Faixa de Gaza", disse a Anistia.
Representantes do Hamas não estavam imediatamente disponíveis para comentar o relatório da Anistia.