CAIRO (Reuters) - O grupo islâmico palestino Hamas disse nesta segunda-feira que informou os mediadores que manterá sua proposta original por um abrangente cessar-fogo, que inclui a retirada de tropas israelenses de Gaza, o retorno de palestinos deslocados e uma “verdadeira” troca de prisioneiros.
O Hamas apresentou em Gaza aos mediadores e aos Estados Unidos, em meados de março, a proposta de cessar-fogo, que inclui a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, 100 dos quais cumprem prisão perpétua, segundo a proposta vista pela Reuters.
O Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução nesta segunda-feira exigindo um cessar-fogo imediato entre Israel e Hamas, depois que os EUA se abstiveram da votação, o que provocou uma rusga com seu aliado Israel.
Os 14 outros membros do conselho votaram pela resolução -- proposta pelos dez membros eleitos do órgão --, que também exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Houve aplausos na câmara do conselho após a votação.
O Hamas disse que a libertação inicial dos israelenses incluiria mulheres, crianças, idosos e reféns doentes em troca de 700 a 1.000 palestinos mantidos em prisões israelenses, segundo a proposta. A libertação de “recrutas femininas” israelenses está incluída.
O Hamas afirmou que quer que uma troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses faça parte de um acordo abrangente de cessar-fogo, que encerraria a guerra. Mas o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, respondeu à proposta do Hamas dizendo que ela ainda se baseava em “exigências irrealistas”, prometendo seguir em frente com sua ofensiva terrestre até que o grupo seja eliminado.
(Reportagem de Adam Makary e Ahmed Tolba; texto de Ari Rabinovitch)