Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - O Hamas, grupo militante islâmico que comanda a Faixa de Gaza, condenou três ativistas palestinos pacifistas por "enfraquecer o espírito revolucionário" após eles se reunirem com ativistas israelenses pela paz em uma chamada pelo aplicativo Zoom, mas ordenou a soltura de dois deles após seis meses de prisão.
O Hamas prendeu Rami Aman, de 39 anos, e sete outros ativistas em abril após a conferência virtual, descrevendo o ato como "traição".
Diálogos entre militantes israelenses e palestinos de Gaza são raros.
Embora cinco dos ativistas tenham sido libertados cinco dias depois da prisão, procuradores militares de Gaza acusaram formalmente Aman e dois outros de auxiliarem Israel e ordenaram a prisão deles até o julgamento. Um dos ativistas recebeu o direito à fiança em julho.
Um tribunal militar dirigido pelo Hamas condenou nesta terça-feira todos os três de "enfraquecer o espírito revolucionário", mas ordenou que as autoridades soltassem Aman e outro ativista que continuava preso.
Ao falar à Reuters pouco depois de sua soltura, Aman contou que havia dito ao tribunal que não pedia por uma normalização dos laços com Israel.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi, em Gaza, e Rami Ayyub, em Jerusalém)