Por Mimi Dwyer
NOVA YORK (Reuters) - A Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts processaram o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira na tentativa de barrar uma regra nova que proibiria a permanência nos EUA de estudantes estrangeiros se suas universidades passarem a dar cursos pela internet devido à pandemia de coronavírus.
As duas universidades iniciaram uma ação civil em um tribunal federal de Boston pedindo uma suspensão emergencial temporária da nova diretiva emitida pelo governo na segunda-feira.
"Defenderemos este caso vigorosamente para que nossos estudantes internacionais --e estudantes internacionais de instituições de todo o país-- possam continuar seus estudos sem ameaça de deportação", escreveu o reitor de Harvard, Lawrence Bacow, em um comunicado destinado à comunidade de Harvard.
A ação civil das duas universidades mais exclusivas dos EUA é a primeira contestação da ordem, que poderia obrigar dezenas de milhares de alunos estrangeiros a deixarem o país se suas escolas adotarem o ensino remoto.
Harvard havia anunciado que todas as aulas serão virtuais no próximo semestre.
A procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey, disse em um comunicado que seu Estado também está planejando um processo de repúdio à regra, que qualificou como "cruel" e "ilegal".
O Departamento de Justiça dos EUA não respondeu de imediato a um pedido de comentário. O presidente norte-americano, Donald Trump, está pressionando escolas de toda a nação a reabrirem no outono do Hemisfério Norte.
O anúncio do governo Trump surpreendeu instituições acadêmicas que lutam com os desafios logísticos de retomar as aulas com segurança enquanto a pandemia de coronavírus se espalha sem trégua por todo o mundo e aumenta nos EUA, especialmente entre os jovens.
(Reportagem adicional de Dan Burns e Jonathan Stempel em Nova York)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES