WASHINGTON (Reuters) - A candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, acusou nesta quarta-feira seu oponente republicano Donald Trump de incitar violência com seu chamado para ativistas pelo direito às armas impedirem ela de nomear juízes liberais para a Suprema Corte dos EUA.
Os comentários de Hillary se somaram a um clamor sobre os comentários de Trump feitos durante comício na Carolina do Norte na terça-feira, que alguns interpretaram como um chamado à violência contra sua rival na disputa pela Casa Branca. Seus comentários também alimentaram preocupações gerais sobre sua habilidade de se manter na linha.
"Palavras importam, meus amigos", disse a ex-secretária de Estado dos EUA, que raramente se envolve em acusações e insinuações diretas com seu rival republicano, em um comício em Des Moines, no Iowa. "E se você está concorrendo para ser presidente, ou se você é presidente dos Estados Unidos, palavras podem ter consequências tremendas."
"Ontem nós presenciamos o mais recente de uma série de comentários casuais de Donald Trump que passaram do limite", disse ela, citando sua "incitação casual à violência".
Durante uma entrevista com a Fox News, Trump insistiu que seus comentários eram um chamado para ação política, e não física.
"Há um tremendo poder político para salvar a Segunda Emenda", disse o empresário de Nova York. "E você olha para o poder que eles têm em termos de votos e é a isso que eu me referia, obviamente era a isso que eu me referi, e todos sabem disso."
A Segunda Emenda da Constituição dos EUA garante o direito de manter e portar armas.
(Por Amanda Becker e James Oliphant)