Por Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) - Hillary Clinton tem um conselho para o candidato presidencial democrata Joe Biden: aconteça o que acontecer, não reconheça uma eventual derrota na noite da eleição norte-americana de 3 de novembro.
A correligionária perdeu a eleição presidencial de 2016 para Donald Trump, republicano que vai buscar a reeleição em uma disputa contra Biden, que tem aparecido na liderança das pesquisas de intenção de voto.
Hillary admitiu a derrota na noite da eleição de 2016, mas disse que a expectativa por uma maior votação pelo correio em decorrência da pandemia de coronavírus significa que pode demorar mais tempo para se conhecer o vencedor desta vez.
Ela disse que os resultados do dia da eleição deste ano podem mostrar Trump com uma vantagem pequena, mas que, nesse caso, "Joe Biden não deveria reconhecer a derrota em nenhuma circunstância, porque acho que isso se arrastará".
A ex-secretária de Estado opinou em uma entrevista ao programa "The Circus", do canal Showtime, um trecho da qual foi divulgado nesta terça-feira.
Um porta-voz da campanha de Biden não quis comentar.
Cerca de metade dos eleitores dos Estados Unidos devem enviar seus votos pelo correio em 2020, mais do que o dobro do que quatro anos atrás, mas nem todas as autoridades estaduais e municipais têm capacidade de contar tais votos tão rapidamente quanto aqueles depositados diretamente nos locais de votação.
Além disso, alguns Estados, como Ohio e Carolina do Norte, permitem que cédulas sejam contadas mesmo se chegarem dias depois do fechamento das urnas, contanto que tenham sido enviadas até o dia da eleição.
Trump criticou a votação pelo correio dizendo que ela pode desacelerar a contagem.