Por Jonathan Allen
NOVA YORK (Reuters) - Hillary Clinton disse nesta terça-feira que deveria ter usado uma conta de e-mail do governo enquanto atuou como secretária de Estado, embora tenha afirmado que não violou nenhuma regra, em sua primeira declaração pública sobre uma controvérsia que poderia atrapalhar sua provável candidatura à Presidência dos Estados Unidos.
Hillary, apontada como favorita à indicação democrata para a disputa pela Casa Branca em 2016, tem sido criticada por ter usado uma conta de e-mail particular para tratar de assuntos oficiais durante seu mandato como principal diplomata do país. Isso levantou preocupações de que ela tenha tentado esconder do público fatos importantes sobre sua gestão, colocando a segurança da correspondência em risco.
"Optei pela conveniência ao usar meu e-mail pessoal, o que foi permitido pelo Departamento de Estado, porque pensei que seria mais fácil levar apenas um aparelho (celular) ao trabalho e para os meus e-mails pessoais, em vez de dois", disse Hillary em entrevista coletiva na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
"Olhando para trás, acho que teria sido melhor se eu simplesmente tivesse usado uma segunda conta de e-mail e levado um segundo telefone."
Hillary disse ter fornecido ao Departamento de Estado todos os seus e-mails que possam ter alguma relação com o trabalho para que sejam arquivados.
Ela disse que optou por não manter e-mails pessoais sobre temas como aulas de ioga, os preparativos para o funeral de sua mãe e os planos de casamento de sua filha.
A decisão de Hillary de dar declarações a jornalistas reflete um cálculo dos seus assessores, para quem o assunto começou a ser superdimensionado, tomando proporções similares a de uma crise. O tema tem dominado o noticiário há dias.
(Reportagem adicional de Steve Holland, Amanda Becker e Jeff Mason)