WASHINGTON (Reuters) - O FBI disse que seus agentes mataram a tiros um homem no Estado de Utah nesta quarta-feira, durante uma batida que, segundo uma fonte, seria por supostas ameaças contra o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris e autoridades policiais.
O FBI de Salt Lake City disse que o tiroteio ocorreu mais cedo nesta quarta-feira, enquanto agentes tentavam cumprir mandatos de prisão e de busca em uma residência em Provo, ao sul da cidade.
O FBI não identificou o homem ou disse porque queria prendê-lo. “O FBI leva a sério todos os incidentes com tiros envolvendo nossos agentes ou membros de força-tarefa”, disse, em um comunicado, acrescentando que o incidente estava sob análise.
Biden, que iria visitar Utah nesta quarta-feira, foi informado sobre a batida do FBI, disse uma autoridade da Casa Branca, repassando outras questões sobre o assunto ao FBI.
Uma queixa federal compartilhada com a Reuters pelo gabinete do Procurador-Geral de Utah nomeou o suspeito como Craig Robertson. Ele publicou na internet em setembro pedindo o assassinato de Biden e Kamala, segundo a queixa. Ele também teria feito ameaças online contra Biden, às vésperas de sua visita programada a Utah.
O homem também fez ameaças contra o procurador distrital de Mahattan, Alvin Bragg, que lidera um inquérito criminal contra o ex-presidente Donald Trump, e contra o procurador-geral Merrick Garland, de acordo com a queixa.
Em um post anexado à queixa, o suspeito disse que estava se dirigindo a Nova York para “realizar meu sonho de erradicar” Bragg.
A queixa mostrou que o suspeito estava sujeito a três acusações: ameaças interestaduais, ameaças contra o presidente e influenciar, impedir ou retaliar contra agentes policiais federais por ameaça. A queixa e a batida foram publicadas inicialmente pela emissora ABC News.
“O Serviço Secreto está ciente da investigação do FBI sobre um indivíduo de Utah que exibiu ameaças contra um protegido”, afirmou nesta quarta-feira o Serviço Secreto, que fornece proteção ao presidente, à vice-presidente e às suas famílias.
A violência política em um Estados Unidos cada vez mais dividido cresceu nos últimos anos. Uma reportagem especial da Reuters publicada nesta quarta mostrou que ela está em seu pior nível desde os anos 1970.
(Reportagem de Kanishka Singh e Jeff Mason em Washington)