(Reuters) - Um homem saudita foi preso na cidade de Jeddah, no Mar Vermelho, após atacar e ferir um segurança com uma "ferramenta afiada" no consulado francês nesta quinta-feira, informou a polícia local.
Um comunicado da polícia da região de Meca disse que o guarda sofreu "ferimentos leves" e que uma "ação legal" estava sendo movida contra o homem.
A embaixada francesa afirmou que o consulado foi sujeito a "um ataque com faca que visou um guarda", acrescentando que o segurança foi levado ao hospital e que não corre risco de morrer.
"A embaixada da França condena veementemente este ataque contra um posto diplomático que nada poderia justificar", informou a agência em um comunicado.
O ataque ocorreu depois que um homem com uma faca, que gritava "Allahu Akbar", decapitou uma mulher e matou duas outras pessoas na cidade francesa de Nice no início do dia. O prefeito de Nice descreveu o ataque como terrorismo.
A França ainda está se recuperando da decapitação de um professor escolar por um homem de origem chechena no início deste mês. O agressor disse que queria punir o professor por mostrar aos alunos desenhos do Profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão.
Desde o assassinato de Samuel Paty, as autoridades francesas reafirmaram o direito de exibir as charges por uma questão de livre expressão, e as imagens foram amplamente exibidas em passeatas em solidariedade ao professor.
Isso gerou raiva em partes do mundo muçulmano, com alguns governos acusando o presidente francês, Emmanuel Macron, de perseguir uma agenda anti-islâmica.
Na terça-feira, a Arábia Saudita condenou caricaturas ofendendo o Profeta Maomé, mas se absteve de fazer eco aos apelos de outros Estados muçulmanos por uma ação contra as imagens do profeta exibidas na França.
(Por Maher Chmaytelli e Raya Jalabi)