PARIS (Reuters) - A França homenageou nesta quinta-feira os jornalistas, policiais e clientes de uma loja kosher que foram mortos dois anos atrás por atiradores islâmicos, a primeira de uma onda de ataques militantes que deixou mais de 230 mortos e levou a um estado de emergência.
Em um dia frio em Paris, policiais uniformizados, ministros e o prefeito da cidade ficaram em silêncio fora do antigo escritório da publicação Charlie Hebdo, enquanto coroas enfeitadas com fitas vermelhas, azuis e brancas foram colocadas para marcar o aniversário.
A matança chocou o mundo e precedeu ainda mais ataques que fizeram pouco pela popularidade do presidente François Hollande, em queda, e aprofundaram tensões entre o estado secular da França e sua minoria muçulmana.
Em novembro de 2015, atiradores militantes e homens-bomba atacaram locais de entretenimento em Paris, matando 130 pessoas. Ano passado, um tunisiano que se aliou ao Estado Islâmico jogou seu caminhão contra uma multidão na cidade de Nice, matando 86 pessoas.
Outros ataques terríveis incluem o assassinato de um padre católico idoso no altar de uma igreja e o esfaqueamento até a morte de um policial.
As homenagens desta quinta-feira começaram nas antigas instalações da publicação satírica, que desde então foi transferida para uma localização secreta. Lá, dois irmãos armados com rifles de assalto atiraram e mataram 11 pessoas em 7 de janeiro de 2015, incluindo cartunistas e escritores notoriamente irreverentes da publicação.
Um tributo também foi prestado em um local próximo onde um policial foi baleado e morto à queima-roupa por um dos atiradores.