OUAGADOUGOU (Reuters) - Homens armados mataram 24 pessoas, incluindo um pastor, em ataque a uma igreja durante culto de domingo no noroeste de Burkina Faso, disseram quatro fontes de segurança à Reuters nesta segunda-feira.
Não ficou imediatamente claro quem foi responsável pelo ataque, que ocorre no momento em que grupos jihadistas com vínculos com Al Qaeda e Estado Islâmico buscam obter controle sobre a outrora pacífica Burkina Faso rural, alimentando conflitos étnicos e religiosos.
Centenas de pessoas morreram no último ano e mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas.
O momento do tiroteio, durante um culto na igreja da vila de Pansi, região de Yagha, reflete o de outros ataques a cristãos no ano passado, incluindo ataques a igreja e assassinatos de pastores e padres.
A violência ameaça comprometer as relações tradicionalmente pacíficas entre a comunidade muçulmana majoritária de Burkina Faso e os cristãos, que representam até um quarto da população.
Criminosos armados "atacaram moradores pacíficos desta área depois de identificá-los e separá-los dos não moradores", disse o governo em comunicado nesta segunda-feira.
De acordo com o documento, 18 pessoas também ficaram feridas no ataque e um número desconhecido foi sequestrado. A nota acrescentou que um pastor foi morto, mas não especificou que o ataque ocorreu em uma igreja durante culto.
Muitos muçulmanos também foram mortos por grupos armados no ano passado. Em outubro passado, homens armados invadiram uma mesquita durante as orações de sexta-feira e mataram 15 pessoas.
(Reportagem de Thiam Ndiaga)